29
Jun 09

Sempre escrevi. Quando era criança e adolescente, comecei a imitar os escritores que mais admirava e depois comecei lentamente a encontrar o meu próprio estilo. Demorou algum tempo, mas ele começou a vir ao de cima quando tinha vinte e poucos anos, apesar de só até há pouco tempo ter começado a sentir-me suficientemente confiante para arriscar viver da escrita de livros. Esse pensamento nunca me tinha passado pela cabeça até Chocolate; gostava do meu emprego como professora; gostava de escrever nos meus tempos livres, e até essa altura essas duas coisas eram perfeitamente compatíveis. Com o sucesso de Chocolate, apercebi-me de que as exigências que me eram impostas em relação à promoção do livro em Inglaterra e no estrangeiro eram incompatíveis com o ensino a tempo inteiro, e com alguma pena minha (e uma grande dose de ansiedade) tive de fazer uma escolha. Estou feliz pela escolha que fiz, mas foi uma decisão bastante difícil.

publicado por Rita Mello às 14:03

25
Jun 09

Sejam vocês próprias. Não sejam demasiado orgulhosas para pedir conselhos, mas também não tenham medo de os ignorar, se for preciso. Acima de tudo, desfrutem do que fazem.

publicado por Rita Mello às 16:57

22
Jun 09

Sim, bastantes vezes. Não me parece que seja possível evitar isso, apesar de não me costumar identificar com uma personagem em particular. Em vez disso, tento compreender todas as minhas personagens; mesmo quando são pessoas difíceis e severas, devia ser possível perceber a razão por que se comportarem dessa forma e ter alguma compaixão pela posição delas.

publicado por Rita Mello às 17:33

08
Jun 09

A maior parte das minhas histórias têm algum tipo de fundamento em factos, apesar de como escritora de ficção me ser permitido ter algumas liberdades (e eu tenho-as). Ocasionalmente, como em Na Corda Bamba, uso um acontecimento real ou uma figura histórica como ponto de partida para uma história, mas na maior parte das vezes os meus enredos são inventados por mim. Às vezes, quando crio uma personagem, adopto algumas características das pessoas que estão à minha volta (família, amigos, colegas), apesar de nunca tentar recriar uma pessoa real nas páginas de um livro. Em vez disso, uso o realismo emocional; os detalhes podem ser inventados, mas os sentimentos são verdadeiros (sejam eles raiva, amor ou sede de vingança), depois as personagens ganham vida e a história, apesar de improvável, parece mais convincente ao leitor.

publicado por Rita Mello às 09:00

04
Jun 09

As minhas histórias são quase sempre baseadas nas personagens, por isso começo por criar uma ou duas personagens. Não abordo os meus livros com um determinado tema específico em mente. Não sou fã de sermões e prefiro que o leitor tire as suas próprias conclusões em vez de impor as minhas próprias ideias. Com um livro novo, não começo a escrever imediatamente; em vez disso, namoro com a ideia durante uns meses (ou mais) até me parecer ser a altura certa para começar. Geralmente trabalho em diversas coisas ao mesmo tempo, dependendo da minha vontade. Às vezes trabalho num livro durante seis meses, depois começo uma coisa diferente durante quatro meses, antes de acabar a história em que estava a trabalhar inicialmente. Já deixei livros por acabar durante anos antes de voltar a eles, apesar de acabar quase sempre o que inicio.

publicado por Rita Mello às 16:24

02
Jun 09

Nem por isso; não meço o sucesso pelo que os críticos dizem ou pelo número de exemplares vendidos (apesar de ter tido muita sorte nesta área), ou pela quantidade de adaptações para o cinema. Acima de tudo, escrevo para a minha própria satisfação e sou suficientemente realista para ter um grande sentido de autocrítica. Os meus leitores também são muito leais, e acho que compreendem que tenho de correr riscos para crescer enquanto escritora – a opção mais segura nunca me seduziu muito

publicado por Rita Mello às 17:40

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