30
Nov 09

Sejam vocês próprios. Não tenham demasiado orgulho para seguir os conselhos de outras pessoas – mas também não tenham medo de os ignorar. Acima de tudo, desfrutem do que fazem.

publicado por Rita Mello às 09:49

23
Nov 09

Não durmo muito bem. E suspeito que não sou muito boa a relaxar. Gosto de ler; vejo filmes (especialmente westerns, ficção científica de baixo orçamento e filmes de acção japoneses); ouço música; cozinho; faço jardinagem; gosto de teatro e ballet, apesar de raramente sair à noite. Em vez disso, passo o meu tempo livre a ler histórias à minha filha, a ver o canal UK Gold e a beber demasiado vinho tinto. Sou uma compradora compulsiva de sapatos e tomo banhos ridiculamente longos. Gosto de estar sozinha na maior parte do tempo. Acho o barulho stressante. Evito telefones. Sento-me no fundo do meu jardim a ouvir o barulho das árvores.

publicado por Rita Mello às 15:14

04
Nov 09

Muito bem, hoje em dia, apesar de no início ter havido uma certa relutância em publicarem os meus livros lá. Acho que inicialmente houve alguma desconfiança devido ao facto de ter um nome inglês, quando era suposto eu escrever sobre o país deles. A minha primeira proposta, de uma grande editora francesa, tinha como condição eu escrever sob um nom-de-plume francês; recusei e acabei por escolher uma editora mais pequena, a Table Ronde, que lida principalmente com obras académicas. Estou bastante contente por ser publicada lá; pelo menos, agora, a parte da minha família que não fala inglês pode ler os meus livros!

publicado por Rita Mello às 16:52

15
Out 09

Gostei muito do filme. Não era exactamente como a minha história – foi simplificada e adocicada para agradar a um público cinematográfico – e nem sempre concordei com todas as alterações feitas, mas gostei na mesma dele. Estava maravilhada com o elenco – sempre imaginei a Juliette Binoche no papel principal – e o Lasse Hallström é um realizador espectacular. O filme tinha a aparência certa – com cenários encantadores e uma fotografia maravilhosa, e a música era perfeita. Apesar de tudo, continuo a achar que foi um erro trocar o meu padre por um presidente de câmara; tenho a consciência de que estavam preocupados com o facto de que os católicos pudessem ficar ofendidos, mas quando o filme estreou o livro já tinha ganho tanta popularidade que muitos leitores ficaram surpreendidos e desapontados com esta alteração tão radical. Pessoalmente, estava menos preocupada. A minha intenção nunca foi a de realçar o papel de Reynaud enquanto padre ou denegrir o catolicismo, e penso que a maioria dos leitores percebeu isso. Reynaud é apenas um homem que usa a ideologia para manter o controlo sobre as pessoas, que distorce o catolicismo para impor a sua agenda, e isso está muito bem retratado no filme. Para além disso, a criação da personagem do père Henri, o jovem padre (interpretado por Hugh O’Connor), foi um compromisso muito bom e forneceu um grande potencial cómico. Gostei da comédia em Chocolate – o livro também não era suposto ser 100% sério – apesar de me ter apercebido de que muitas das subtilezas e momentos sombrios na história se terem perdido. Receio, no entanto, que esta seja a natureza do cinema. Penso que temos de encarar os filmes tal como eles são e julgá-los de acordo com isso, em vez de esperar que apresentem uma interpretação completamente fiel e aprofundada do livro que lhes deu origem. Como tal, acho que o resultado de Chocolate foi muito bom e estou encantada por ter feito parte disso.

 

 

publicado por Rita Mello às 15:17

14
Set 09

Já houve dois e, de momento, não há nenhum plano para escrever um terceiro. Um dia, posso escrever sobre a Anouk quando ela já for mais crescida.

publicado por Rita Mello às 15:54

04
Set 09

Às vezes; a minha filha Anouchka já fez algumas aparições nos meus livros, bem como diversos membros da minha família – e até mesmo antigos colegas! No entanto, na maior parte das vezes, não tento fazer um retrato fiel; uso pequeno detalhes e maneirismos em que tenha reparado, mas não me sinto à vontade para descrever pessoas reais detalhadamente.

publicado por Rita Mello às 11:48

31
Ago 09

Não faço muita pesquisa para os meus livros e, se puder não a fazer, não a faço. Uso livros de referência e a Internet quando preciso de algum detalhe específico, mas a maior parte das vezes escrevo sobre tópicos que já conheço ou sobre os quais tenho acesso a alguém que me pode fornecer informações em primeira mão.

publicado por Rita Mello às 11:27

27
Ago 09

Às vezes acho que devia planear os meus livros com mais cuidado, mas a maior parte das vezes começo com uma vaga ideia e depois trabalho-a à medida que vou avançando. Às vezes já sei como acaba, mas não faço ideia de como lá chegar. Preciso de sentir a voz do narrador antes de começar senão não consigo planear muito as coisas com antecedência – é mais divertido desta maneira!

publicado por Rita Mello às 14:11

20
Jul 09

Demoro em média um ano a escrever e preciso de três a cinco esboços. Mas depende, alguns livros levam mais tempo e são mais difíceis de escrever. Escrevo irregularmente, com períodos de acalmia no meio de explosões frenéticas de actividade. Bloqueio sempre quando já escrevi três quatros de um livro e entro em pânico ao pensar que não vou ser capaz de o acabar mas, geralmente, passadas uma ou duas semanas o problema acaba por se resolver por si próprio.

publicado por Rita Mello às 17:40

08
Jul 09

Como viajo durante todo o ano, não tenho a oportunidade para desenvolver uma rotina de trabalho. Em vez disso, escrevo sempre que posso; geralmente quando estou em casa, apesar de também escrever às vezes nos quartos de hotel, nos aeroportos e em comboios. Uso um computador portátil, para poder escrever sempre que tenho tempo livre e ando com blocos de notas para apontar pensamentos e ideias. Costumo trabalhar melhor de manhã, e quando estou em casa tento sempre escrever nessa altura, apesar de não poder ser sempre tão picuinhas, especialmente por causa dos prazos (que eu detesto). Gosto de estar sozinha, apesar de que quando é preciso (e quando estou na Zona) consigo escrever em comboios, no quarto de brincar da minha filha e numa sala cheia de alunos. As minhas condições ideais para escrever são: uma casa vazia, uma secretária arrumada, um abastecimento interminável de chá e de biscoitos, bom tempo (não escrevo tão bem no Inverno, ou quando estou deprimida e à noite) e não ter um prazo. Escusado será dizer que isto raramente ocorre, se é que já alguma vez ocorreu…

publicado por Rita Mello às 15:15

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